Na década de 1940, o exército americano de fato teve uma unidade que ignorava a moral militar e utilizava métodos nada ortodoxos em combate.
Durante a Segunda Guerra Mundial, o 506º Regimento de Infantaria de Paraquedistas do exército americano ficou conhecido por um apelido nada lisonjeiro: era chamado de “The Filthy Thirteen” ou “Os treze imundos”. O nome faz referência ao fato de que, durante seu treinamento na Inglaterra, os soldados se barbeavam e se banhavam uma única vez por semana e nunca limpavam seus uniformes.
O regimento, que participou da invasão da Normandia no chamado “Dia D”, se tornou célebre por seu desprezo às regras rígidas do exército: o histórico do grupo inclui envolvimento em brigas, casos de bebedeira e diversas prisões. A fama mundial, no entanto, veio somente com a publicação de uma fotografia no periódico Stars and Stripes, pertencente ao Departamento de Defesa dos Estados Unidos. Na imagem, dois combatentes usam penteados moicanos e pintam os rostos antes de uma batalha, ideia que partiu do descendente de indígenas Jake McNiece, um dos membros dos Filthy Thirteen.
Em declaração à versão on-line do jornal Stars and Stripes, Richard Killbane, co-autor de um livro sobre o batalhão, afirma que os membros do polêmico regimento não foram soldados “padrão”, o que tornava seu comportamento “alternativo” em combate quase sempre questionável. “Nós não éramos assassinos ou qualquer coisa do tipo. Nós simplesmente fizemos muito mais do que nos mandaram fazer, e estávamos sempre nos metendo em problemas por isso”, afirmou, ao mesmo site, o veterano John “Jack” Agnew, falecido no último dia 10 de abril aos 88 anos.
A história atípica do regimento rendeu frutos no campo da ficção: o mais conhecido é o livro The dirty dozen, escrito pelo americano E. M. Nathanson, que deu origem a um filme homônimo de 1967.
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